Publicações

2024

Repensar a Saúde Coletiva e o papel das CSHS - Artigo na revista Interface - Comunicação, Saúde e Educação

Denise Martin e Pedro Paulo Gomes Pereira, neste ensaio, analisam conflitos e potencialidades das Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CSHS) no campo da Saúde Coletiva e os desafios de atuar em uma área interdisciplinar. Inicialmente, apresentam algumas particularidades das CSHS, dialogando com tensões internas. Em seguida, as metodologias qualitativas e seus usos nas pesquisas em Saúde Coletiva são problematizadas, mantendo um diálogo com as demais áreas. Por fim, apresentam uma reflexão sobre as perspectivas futuras das CSHS e possíveis caminhos teórico-metodológicos que aprofundariam a transversalidade da área. Repensar as relações entre as áreas provoca uma reflexão sobre uma possível e oportuna reconfiguração da própria Saúde Coletiva. Os desafios  colocam a necessidade de repensar a noção de CSHS; e de indagar sobre a linguagem que estamos construindo e sobre o que podemos fazer.

Leia o artigo na íntegra no Scielo clicando aqui 

2019 a 2023

As contribuições das Ciências Sociais e Humanas no campo da Saúde Coletiva: vinte anos da revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação

Pesquisadores da área de Ciências Sociais fizeram uma análise da produção das CSHS nos 20 anos da revista Interface. Ficou evidente a progressiva consolidação da área no campo da Saúde Coletiva, tanto pelo aumento do número de artigos quanto pela diversidade teórico-conceitual e temática presentes nas publicações. A pesquisa foi publicada na revista Interface, com o título: O lugar das CSHS no campo da Saúde Coletiva: olhares da Interface em 20 anos (Martin, et al, 2018). 

Hospital Admissions Associated With Noncommunicable Diseases During the COVID-19 Outbreak in Brazil

Estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina do ABC em parceria com a Oncológica do Brasil Ensino e Pesquisa, Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Universidade de Santiago do Chile estimou uma redução de 35%-68% nas internações por doenças crônicas não-transmissíveis durante o primeiro semestre de 2020 na cidade de São Paulo.

https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2777139?utm_source=For_The_Media&utm_medium=referral&utm_campaign=ftm_links&utm_term=030821.

Association of Physical Activity Intensity With Mortality

Estudo com quase meio milhão de pessoas mostra o efeito da intensidade atividade física na redução da mortalidade

Estudo coordenado pelo Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP), em parceria com a Universidade de Wuhan (China), Universidade de Santiago do Chile (Chile) e Universidade Europeia Miguel de Cervantes (Espanha). O estudo foi publicado na renomada revista científica JAMA Internal Medicine (https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2772939) no dia 23 de novembro de 2020.

Os benefícios da atividade física para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, são amplamente conhecidos e disseminados. As recomendações de atividade física sugerem que adultos devem acumular pelo menos 150- 300 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou 75-150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa, ou uma combinação equivalente das intensidades das atividades. No entanto, os benefícios da atividade física vigorosa vs atividades físicas moderadas na redução da mortalidade ainda são poucos conhecidos.

Nesse sentido, os autores do estudo utilizaram dados do estudo The National Health Interview Survey, um estudo de coorte com mais de 400 mil adultos para investigar se a realização atividades físicas de intensidade vigorosa promovem maior redução na mortalidade quando comparadas as atividades físicas moderadas. Para isso, os autores selecionaram adultos que realizavam alguma atividade física na semana e calcularam o percentual (%) do total da atividade física realizados em intensidade vigorosa, variando de 0% a 100%. Nesse indicador, 100% significa que os adultos realizavam apenas atividade físicas de intensidade vigorosa, enquanto 0% apenas atividades físicas de intensidade moderada. Os principais resultados do estudo foram:

- Ambas intensidades de atividades física, moderada e vigorosa, estão associadas com menor mortalidade por doenças cardiovasculares, câncer e todas as causas.
- Para a mesma quantidade (volume) semanal de atividade física, participantes que realizaram um maior % do total de atividade física em intensidade vigorosa apresentaram menor mortalidade. Por exemplo, adultos que realizaram de 50% a 75% do total de atividade física semanal em intensidade vigorosa tiveram uma redução de 17% na mortalidade por todas as causas, quando comparados aos adultos que realizaram apenas atividades físicas de intensidade moderada.

Contato: Prof. Dr. Leandro Rezende | Departamento de Medicina Preventiva, Escola Paulista de Medicina,
Universidade Federal de São Paulo ( leandro.rezende@unifesp.br )

Physical activity for cancer patients during COVID-19 pandemic: a call to action

O comentário publicado pelo Prof. Leandro Rezende discute o papel da atividade física para pacientes com câncer durante a pandemia de COVID-19. O isolamento físico e social é fortemente recomendado para pacientes com câncer durante a pandemia de COVID-19, mas pode levar à inatividade física e tempo sentado prolongado. Os benefícios da atividade física para pacientes com câncer são diversos, como redução da ansiedade, sintomas depressivos, fadiga, melhor qualidade de vida e melhora da função física. Na última década, várias organizações relacionadas à oncologia forneceram recomendações e resumiram as evidências sobre o papel da atividade física para os sobreviventes do câncer. Neste comentário, fornecemos um breve resumo dessas recomendações e benefícios da atividade física para pacientes com câncer; e recomendamos que oncologistas e profissionais de saúde promovam um estilo de vida ativo para esses pacientes durante a pandemia.

Artigo completo: https://rdcu.be/caSeq